Objetivando construir um novo modelo de produção no PA Água Branca
no qual agrega a produção de alimentos saudáveis consorciado com a proteção de
nascentes e de APP's, a participação familiar (homens, mulheres e jovens), o
uso de trabalho coletivo de produção (mutirão), a proteção do bioma Amazônia e
Cerrado, o projeto traz como patrocinador o OI Futuro e foi contemplado na 10ª edição
do edital OI Novos Brasis em 2014, tendo seu início em janeiro de 2015. Traz
como ações importantes:
ü Implantar pomares frutíferos
irrigados;
- 3 ha de cultivo irrigado de frutíferas implantados com aquisição
de sistema de irrigação e mudas de frutas.
- Comprar ferramentas e utensílios agrícolas.
ü Implantar pomares frutíferos
sequeiros.
- 6 ha de cultivo sequeiro de frutíferas implantados com aquisição
de mudas de frutas.
- 3 pequenos motocultivadores adquiridos.
- Comprar de ingredientes para fabricação de biofertilizantes e
adubos orgânicos.
- Preparo da terra, plantio, tratos culturais e colheita realizada
coletivamente.
ü Implantar a criação de abelhas
nativas.
-60 caixas de
abelhas adquiridas.
ü Proporcionar a participação da
comunidade nas decisões e avaliação do projeto.
-Realizar de reuniões periódicas com a participação da comunidade
local.
-12 reuniões mensais realizadas com a participação dos beneficiários
do projeto.
-Realizar 01 oficina por mês para cada grupo produtivo.
-Realizar 01 oficina de valorização da mulher e do jovem; de
desenvolvimento sustentável; de economia solidária entre outras realizadas.
-Implantar 01 núcleo de informática
-Possibilitar 01 mutirão por mês nos grupos produtivos.
ü Incentivar o processo de
recuperação de nascentes e conscientização ambiental.
-Proteção de nascentes e de APP (área de preservação permanente).
-Realizar 01 oficina bimestralmente de conscientização ambiental.
-Realizar 01 oficina de proteção de nascentes, da biodiversidade,
entre outras.
-Repovoar 03 APP durante os 21 meses iniciais.
-Promover o plantio de 1000 mudas nativas durante o projeto.
-Distribuir para a comunidade 2000 mudas de plantas nativas
durante o projeto.
Durante o ano de 2015 o projeto adquiriu materiais para ser
utilizados na produção tais como ferramentas, além de insumos para fabricação
de biofertilizantes e adubos orgânicos tipo bokashi, EPI’s, motocultivadores e
equipamentos de informática que foram utilizados para implantação de um
telecentro no Assentamento Água Branca em Nova Olinda-TO, no espaço cedido pela
Prefeitura Municipal de Nova Olinda, grande parceira do projeto.
O ápice do projeto, além de
contemplar mais de 80 pessoas diretamente, está no processo de produção
coletiva, onde os beneficiários do projeto estão trabalhando em forma de
mutirão, reduzindo assim o tempo de preparo da terra e o custo de produção,
porque eles estão trocando mão de obra, ferramentas e até alimentos e roupas.
Para o senhor Manuel Borges “o projeto patrocinado pelo OI Futuro
e gerido pelo Instituto é fundamental para mostrar para as pessoas que se
organizar se consegui mudar a vida das pessoas”. Já para o senhor Martinêz “o
projeto serviu para provar que é possível se produzir sem prejudicar o meio
ambiente”. Para o Professor Carlos, coordenador local do projeto, “a execução
do projeto está sendo útil para demonstrar que é possível mudar a vida das
pessoas através da organização e da implementação de ações simples, como
trabalho através de mutirão”.
As
terras já estão preparadas para receber a irrigação e o plantio. Os beneficiários
estão recebendo capacitações acerca de produção agroecológica, meio ambiente,
importância do trabalho coletivo, dentre outras. As irrigações serão
implantadas já no mês de janeiro de 2016, com início do plantio das hortaliças,
ao todo serão implantados mais de 3 hectares de produção irrigada
agroecologicamente. Até o mês de março serão implantados mais 06 hectares de
plantio sequeiro, que envolve plantas frutíferas e de plantio anual, como é o
caso da mandioca.
Para os coordenadores do projeto, Márcio Renato e Paula Zerbini
“este patrocínio está sendo essencial para mudar realidades de famílias, em
muitas delas não tem energia elétrica nas propriedades e nem água encanada,
tendo estas famílias de carregar água em latas. Esta realidade, nos dias atuais
ainda nos surpreendem e fazer algo para mudar estas duras situações em que se
encontra nossos companheiros irmãos é o que nos move em buscar e executar
projetos sociais. É necessário o engajamento de todos neste processo de mudança
social.”