quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Projeto "Construindo um novo tempo no PA Água Branca de Nova Olinda" tem avaliação positiva por parte do público beneficiário.

Objetivando construir um novo modelo de produção no PA Água Branca no qual agrega a produção de alimentos saudáveis consorciado com a proteção de nascentes e de APP's, a participação familiar (homens, mulheres e jovens), o uso de trabalho coletivo de produção (mutirão), a proteção do bioma Amazônia e Cerrado, o projeto traz como patrocinador o OI Futuro e foi contemplado na 10ª edição do edital OI Novos Brasis em 2014, tendo seu início em janeiro de 2015. Traz como ações importantes:

ü  Implantar pomares frutíferos irrigados;
- 3 ha de cultivo irrigado de frutíferas implantados com aquisição de sistema de irrigação e mudas de frutas.
- Comprar ferramentas e utensílios agrícolas.
ü  Implantar pomares frutíferos sequeiros.

- 6 ha de cultivo sequeiro de frutíferas implantados com aquisição de mudas de frutas.
- 3 pequenos motocultivadores adquiridos.
- Comprar de ingredientes para fabricação de biofertilizantes e adubos orgânicos.
- Preparo da terra, plantio, tratos culturais e colheita realizada coletivamente.

ü  Implantar a criação de abelhas nativas.
-60 caixas de abelhas adquiridas.

ü  Proporcionar a participação da comunidade nas decisões e avaliação do projeto.
-Realizar de reuniões periódicas com a participação da comunidade local.
-12 reuniões mensais realizadas com a participação dos beneficiários do projeto.
-Realizar 01 oficina por mês para cada grupo produtivo.
-Realizar 01 oficina de valorização da mulher e do jovem; de desenvolvimento sustentável; de economia solidária entre outras realizadas.
-Implantar 01 núcleo de informática
-Possibilitar 01 mutirão por mês nos grupos produtivos.

ü  Incentivar o processo de recuperação de nascentes e conscientização ambiental.
-Proteção de nascentes e de APP (área de preservação permanente).
-Realizar 01 oficina bimestralmente de conscientização ambiental.
-Realizar 01 oficina de proteção de nascentes, da biodiversidade, entre outras.
-Repovoar 03 APP durante os 21 meses iniciais.
-Promover o plantio de 1000 mudas nativas durante o projeto.
-Distribuir para a comunidade 2000 mudas de plantas nativas durante o projeto.

Durante o ano de 2015 o projeto adquiriu materiais para ser utilizados na produção tais como ferramentas, além de insumos para fabricação de biofertilizantes e adubos orgânicos tipo bokashi, EPI’s, motocultivadores e equipamentos de informática que foram utilizados para implantação de um telecentro no Assentamento Água Branca em Nova Olinda-TO, no espaço cedido pela Prefeitura Municipal de Nova Olinda, grande parceira do projeto.

O ápice do projeto, além de contemplar mais de 80 pessoas diretamente, está no processo de produção coletiva, onde os beneficiários do projeto estão trabalhando em forma de mutirão, reduzindo assim o tempo de preparo da terra e o custo de produção, porque eles estão trocando mão de obra, ferramentas e até alimentos e roupas.

Para o senhor Manuel Borges “o projeto patrocinado pelo OI Futuro e gerido pelo Instituto é fundamental para mostrar para as pessoas que se organizar se consegui mudar a vida das pessoas”. Já para o senhor Martinêz “o projeto serviu para provar que é possível se produzir sem prejudicar o meio ambiente”. Para o Professor Carlos, coordenador local do projeto, “a execução do projeto está sendo útil para demonstrar que é possível mudar a vida das pessoas através da organização e da implementação de ações simples, como trabalho através de mutirão”.

As terras já estão preparadas para receber a irrigação e o plantio. Os beneficiários estão recebendo capacitações acerca de produção agroecológica, meio ambiente, importância do trabalho coletivo, dentre outras. As irrigações serão implantadas já no mês de janeiro de 2016, com início do plantio das hortaliças, ao todo serão implantados mais de 3 hectares de produção irrigada agroecologicamente. Até o mês de março serão implantados mais 06 hectares de plantio sequeiro, que envolve plantas frutíferas e de plantio anual, como é o caso da mandioca.


Para os coordenadores do projeto, Márcio Renato e Paula Zerbini “este patrocínio está sendo essencial para mudar realidades de famílias, em muitas delas não tem energia elétrica nas propriedades e nem água encanada, tendo estas famílias de carregar água em latas. Esta realidade, nos dias atuais ainda nos surpreendem e fazer algo para mudar estas duras situações em que se encontra nossos companheiros irmãos é o que nos move em buscar e executar projetos sociais. É necessário o engajamento de todos neste processo de mudança social.”

Estruturação dos Grupos Produtivos Agroecológicos é realizada pela equipe do IFDES


Seguindo sua política de fomento a economia solidária e ao desenvolvimento sustentável, o Instituto está finalizando no ano de 2015 suas ações de fortalecimento de grupos de produção de base agroecológica.

Nesse trabalho de estruturar a cadeia de produtos saudáveis na região de Araguaína, o Instituto realizou diversas atividades focando práticas sustentáveis e solidárias junto a agricultura familiar.

Durante todo o ano, o Instituto participou efetivamente de seminários, reuniões, encontros e semanas, entre outros eventos, importantes para o fortalecimento da produção agroecológica na região.

Continuando esse trabalho, o Instituto conseguiu mapear focos de produção de transição para a agroecologia em diversas comunidades rurais, povoados e assentamentos, e desses pontos iniciou a construção de Sistemas Coletivos de Produção seguindo os princípios da Economia Solidária e do Desenvolvimento Sustentável.

O próximo passo do Instituto é estruturar um Fundo de Finanças Solidário para auxiliar no processo de custeio e investimento dos grupos produtivos.

O objetivo de constituir um Fundo de Finanças Solidário, é que o fundo é um mecanismo utilizado para apoiar projetos associativos e comunitários de produção de bens, produtos alimentícios saudáveis, investindo recursos monetários por meio de projeto.

Foram estruturados grupos produtivos nos municípios de Darcinópolis, Wanderlândia, Piraquê, Araguaina, Nova Olinda e Aragominas. Ao todo mais de 50 agricultores familiares envolvidos.