Lançado recentemente, o livro “Agrotóxicos no Brasil – um guia para ação em defesa da vida”, da agrônoma e pesquisadora Flávia Londres, cumpre o propósito de ser um guia para quem quer saber mais sobre os impactos dos venenos agrícolas na saúde, na economia e na vida social brasileira, mesmo sendo um leigo no assunto.
Disponível para download na internet, a obra traz informações importantes sobre a legislação brasileira, o uso descontrolado de agrotóxicos no país, programas de monitoramento de resíduos em alimentos, entre muitos outros aspectos relevantes quando se trata de agrotóxicos.
Desde 2008, o Brasil lidera o ranking mundial de uso destas substâncias, e crescem as pressões de fabricantes contra restrições impostas pela legislação atual. A autora volta aos primórdios do uso dessas substâncias, ainda que de maneira rápida. Lembra que a introdução em larga escala de agrotóxicos remete à Revolução Verde, na segunda metade do século passado, momento em que se passa a desconsiderar os dez mil anos em que se promoveu uma agricultura livre de riscos do gênero.
O livro não se furta também à tarefa de argumentar sobre as conexões entre venenos e transgênicos. A promessa inicial de um uso, digamos, mais elegante de herbicidas nas lavouras de sementes geneticamente modificadas não se cumpriu. Mostra disso é que hoje o glifosato, usado amplamente em plantações deste tipo, é o produto mais vendido no país. A substância é um forte herbicida, que mata ervas daninhas ou não. A modificação genética em parte dessas plantas é justamente para permitir que elas resistam ao produto.
É realizada também uma análise da legislação em vigor. Para a autora, os mecanismos hoje existentes, se cumpridos, seriam suficientes para mudar radicalmente o panorama, com a punição do uso inadequado e, mais que nada, o combate à venda ilegal e ao contrabando. São apresentadas também as boas leis estaduais e municipais, como as que aplicam de imediato as restrições impostas na nação de origem do agrotóxico.
A este respeito, a autora se debruça sobre as reavalições toxicológicas conduzidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a proibição ou o aumento das exigências sobre determinadas substâncias. Ainda assim, isso não impede que princípios ativos banidos do país apareçam em alimentos consumidos cotidianamente, em um quadro alarmante que pode levar a intoxicações severas e, em fase avançada, ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
A publicação do livro é uma promoção da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA).
Leia também entrevista com a autora do livro: As graves conseqüências do uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras.
Com informações da Rede Brasil Atual.
Matéria retirada do site: www.mobilizadores.org.br/coep/publico/consultarConteudo.aspx?TP=D&CODIGO=C201110711038349
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terça-feira, 18 de outubro de 2011
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